Nenhum aspecto da vida é
mais desejável, mais esquivo e mais espantoso do que a felicidade. As pessoas desejam e se empenham pelo que acreditam que vá torná-las mais felizes - boa saúde, aparência atraente, casamento ideal, filhos, casa confortável, sucesso, fama, independência financeira. A lista não tem fim. Entretanto, nem todos os que alcançam esses objetivos encontram a felicidade.
Nem mesmo o avanço da ciência e tecnologia e o "aumento da expectativa de vida média das pessoas" nos dias de Freud serviu para fazer as pessoas mais felizes. (E nem nos nossos dias.) Fato é que Freud acreditava que esses avanços contribuiram para n
ossa infelicidade.
Enquanto parece ser muito difÃcil obter a felicidade nessa vida, "é muito menos difÃcil experimentar a infelicidade". Freud explica que "somos ameaçados de sofrimento a partir de três fontes: do nosso próprio corpo, que está condenado à decadência e dissolução, e que não pode viver sem dor nem ansiedade, que funciona como sinais de alarme; do mundo externo, que pode enfurecer-se contra nós com forças de destruição arrasadoras e sem misericórdia; e, finalmente, das nossas relações com as outras pessoas. O sofrimento que vem da última fonte talvez seja mais doloroso para nós do que qualquer outro ".
Trecho do livro "Deus em questão: C.S. Lewis e Freud debatem sobre Deus, amor, sexo e o sentido da vida. (Armand Nicholi)